Na rede pública estadual de ensino de Minas Gerais questões relacionadas à história e à cultura afro-brasileira são trabalhadas de forma transversal pelas unidades de ensino ao longo de todo o ano letivo.

E, no mês de novembro, as ações são intensificadas para celebrar o “Dia da Consciência Negra”, que é comemorado nesta sexta-feira, dia 20. As iniciativas desenvolvidas pelas escolas atendem às leis 10.639/03 e 11.645/08, que falam sobre a importância e obrigatoriedade de se trabalhar a temática nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio.

Na Escola Estadual Zico Ferreira, no distrito de Torneiros, em Pará de Minas, a temática sempre foi trabalhada e, neste ano, devido à pandemia da Covid-19, o projeto precisou de ser adaptado à realidade dos estudantes. O primeiro passo para celebrar o “Dia da Consciência Negra” foi publicar nas redes sociais da escola fotos de alguns alunos do ensino médio que quiseram participar da ação. O material traz mensagens que abordam e buscam refletir o tema.

“Alguns alunos da escola nos mandaram fotos deles e, juntos, criamos frases para acrescentar às imagens que remetessem ao empoderamento e autoconhecimento. Divulgamos esse material nas nossas redes sociais. Nosso objetivo é aguçar a curiosidade dos estudantes. Na próxima semana, vamos trabalhar o tema durante o ensino remoto e utilizar os Planos de Estudos Tutorados”, conta a diretora da escola, Cristiane Pereira Coelho. Além das fotos, na escola, também foram produzidos vídeos com alunos, ex-alunos e servidores da escola. “É uma ação que está envolvendo toda comunidade”.

Na Escola Estadual Sônia Maria Silva Gomes, em Ipatinga, vídeos também foram as ferramentas utilizadas para trabalhar a temática com os alunos dos anos finais do ensino fundamental, como conta a diretora Neuly dos Santos Pinheiro Vilela. “Este ano, resolvemos fazer diferente e convidamos pessoas de fora, como ex-alunos e especialistas. Eles falaram sobre empoderamento e sonhos”. Ao longo desta semana, os vídeos foram publicados nas redes sociais da unidade de ensino e os resultados foram muito positivos. “Pais e alunos estão comentando e elogiando muito. Até pessoas de fora da escola estão assistindo e parabenizando a escola por trabalhar e abordar o tema”, afirma Neuly.

Na escola, os alunos dos anos iniciais também trabalharam a temática. “Cada ano escolheu um tema especifico para ser tratado, como comidas típicas, o quilombo em Minas Gerais, diversidade cultural, entre outros”, conclui a diretora.

 

A diretora de Modalidades de Ensino e Temáticas Especiais da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), Patrícia Aragão, destaca a importância da discussão étnico-racial que está sendo realizada nas escolas estaduais. “Esse debate é essencial para definição de estratégias pedagógicas com vistas ao enfrentamento às violências, em especial, ao racismo que pode ser entendido como comportamento discriminatório em relação a pessoas, baseado na sua cor, etnia ou origem nacional”.

 
 

 

 

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